__________________Universo Particular

09 fevereiro, 2007

Rocky Balboa!

O bicampeão dos pesos pesados Rocky Balboa (Sylvester Stallone) não luta mais com o antigo calção estrelado e listrado com as cores da bandeira norte-americana. Não combate mais os russos e os “inimigos do Estado”, como fazia na Era Reagan. Agora, mais maduro, provavelmente mais consciente e certamente mais entristecido, ele usa um nostálgico calção negro e dourado. E luta por si próprio, para combater os demônios de seu passado. Sinal dos tempos? Teria Rocky Balboa desistido de usar seus punhos de aço a favor da propaganda americana, desiludido com a truculência da Era Bush? Stars and stripes aren`t forever?De qualquer maneira, ele está de volta, 30 anos após o enorme sucesso do primeiro episódio (vencedor de três prêmios Oscar, incluindo o de Melhor Filme, o que se constituiu numa das piadas mais sem graça da Academia), e 16 anos após ter “pendurado as luvas “ em Rocky V. Agora, Rocky Balboa, um dos maiores ícones da história recente do cinema, tenta articular a sua volta aos ringues, por mais inverossímil que a trama possa parecer. Tudo bem que o cinema americano costuma usar e abusar do velho tema da “segunda chance”, mas imaginar que um pugilista sessentão (Stallone completou 60 anos em julho passado) possa enfrentar de igual para igual ninguém menos que o atual campeão Mason Dixon (Antonio Tarver, boxeador na vida real, estreando no cinema), na sua plenitude física, parece um pouco fora de contexto demais. Porém, cinema é ilusão (até Indiana Jones promete voltar) e, para quem estiver disposto a comprar a improvável premissa, o filme não faz feio. Na primeira hora, o roteiro se detém em mostrar um Rocky acabrunhado, que não consegue superar a morte da esposa Adrian (Talia Shire, aparecendo somente em cenas de arquivo), tem dificuldades de relacionamento com o filho e procura esconder seus problemas contando velhas histórias de boxe para os clientes de seu restaurante. Um programa de TV que simula, via computador, lutas impossíveis de boxeadores já aposentados, levanta a polêmica: se Rocky Balboa estivesse na ativa ainda seria campeão? Coisa típica de programa esportivo com falta de assunto. Mas que acende a centelha da competição no coração do velho Rocky. Enquanto isso, uma subtrama envolvendo uma velha conhecida de Rocky, o filho dela e um cachorro, desvia completamente o foco da história, apresenta personagens sem nenhuma função dramática e ajuda a enrolar o espectador até chegar o tão esperado momento da luta. Que dura 12 minutos na tela.

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É o que dizem as critícas.

Mas eu gostei achei legal!

^^

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